Vencer nem sempre é ganhar!

Meninas, para pensar... E decidir, rs



Há muitas maneiras de vencer, uma delas é desistir de algo que nos faz mal


Quem disse que mulher não consegue virar a mesa e trocar quantas toalhas forem necessárias para repor os pratos e se servir de um novo alimento para a vida?

Teve gente afirmando que seriamos umas coitadas pela existência afora e despreparadas para romper com obstáculos. Lembra? Se muitos nos condenaram à mediocridade, que fiquem com seus textos empobrecidos de revezes a nosso respeito, porque somos lutadoras e podemos começar de novo.Aquele homem que faz sofrer. Que vive prometendo cumprir os prazos para decidir e nada. Que ilude. Farsante. Com os bolsos repletos de hipocrisia. E você o despede de sua vida com as mãos tremendo do ardor de uma decisão importante. Ganhou o relacionamento? Está vivendo ao lado dele? Não. Mas quem disse que vencer sempre é ganhar algo concreto e que apareça de maneira deslumbrante para a sociedade? Ao contrário, amiga. Vencer é poder estar com o espírito em paz. Sair de cena e recomeçar. Quantas vezes forem a atuação para modificar, crescer e ser medida no compasso da ternura de atos benéficos para si mesma. Isso sim é vencer.

Antes, na pouca maturidade emocional, talvez quisesse estar ao lado de um tal que se chama fulano das mentiras, ou mesmo que carregue em cima da cuca mal intencionada a cartola das ilusões. Hoje, mais crescida, sabe que sair com as mãos vazias não quer dizer perder. Quem sabe seguravam o peso farto demais para suportar. O que de tanto bolor fedia e já nem mais conseguia respirar. De fato você batia os pés e dizia – “Eu quero”. Aos poucos se viu transformando a história e segurando firme a verdade. Vencer nem sempre é ganhar. E uma das maneiras de subir ao pódio é desistir do que faz mal. Ah você quer segurar a taça, mas, cuidado, ela pode ser somente inventada.

O trabalho enlouquecedor. A amizade farsante. As manias obcecadas para preencher lacunas da alma engavetada em sentimentos frustrados do passado. E você consegue enxergar que se não virar a página, transcrever as letras que se impõem no texto da vida, vai literalmente endoidecer. E cá para nós, perder o rumo por causa de alguém não vale a pena. O valor abrilhantado é poder rever as esperanças e transpor os muros das lamentações. Superar pedaço por pedaço que deixou para trás.

Antes acreditava que vencer é segurar o troféu entre as mãos e mostrá-lo como se fosse a glória. Hoje percebe que o silêncio, o fechar os olhos para ansiedade latejante que açoita as entranhas pode fazer mais efeito do que querer reluzir ouro como tesouro do nada. O que se esvai com o tempo.

Para vencer não é preciso expor o prêmio ou ter a medalha cravada no peito. Vencer é sentir o coração nobre. Realizar os talentos. Vibrar com as conquistas. Na quietude da verdade interior poder escutar a alegria. Para que sair por aí gritando ou mostrando a concretude se pode descansar no simbolismo da ternura que, enfim, abriga em seu ser?

Se você ainda precisa ter um escudo que brilha e ofusca a todos para dizer que é feliz, mude querida. A felicidade é simples e precisa muito mais de delicadeza do que bravura. De singelos compromissos consigo mesma e não de arranhões de arames farpados. Muito esforço pode ser bacana em uma arena com torcedores que pagam para observar as vitórias ou perdas. Mas o que vale mesmo é o sucesso pessoal, a calma, as histórias de carinho que podem ser contadas e enternecer a quem escuta. E nesse caso a única pessoa que deve curtir essa vantagem se chama: Você.

Nem sempre vencer é ganhar algo com volume, cor ou temperatura. Vencer é conseguir se transformar em alguém admirável. E pode estar certa, esse resultado não pesa, não faz barulho nem desespera, apenas conquista.

Recadinho: Sabe aquele sabor de estar deitada na rede em uma praia paradisíaca? Pois é, isso se chama vencer - Quando consegue se livrar do peso terrível que carregava há anos. Não aparece, mas transparece. Vitória!

Fonte: Bolsa de mulher.


Beijos azuisss